Passo a passo para financiar seu imóvel na planta

Entenda as fases de pagamento

Fase 1: Entrada e pagamentos à construtora

Ao comprar um imóvel na planta, geralmente você paga de 20% a 40% do valor total por meio de parcelas diretamente à construtora, até a entrega das chaves. Nessa etapa, é essencial analisar as condições de pagamento para garantir que elas estejam adequadas ao seu orçamento.

Fase 2: Financiamento bancário (pós-obra)

Depois que a obra é concluída e a documentação necessária (como o Habite-se) é liberada, você inicia o processo de financiamento com o banco. É nessa etapa que ocorre a análise de crédito, a vistoria do imóvel e a assinatura do contrato de financiamento.

Organize suas finanças

Antes de buscar o banco, faça uma avaliação realista da sua saúde financeira:

Renda Mensal : O banco analisará sua renda para determinar a parcela máxima que você poderá assumir.

Despesas fixas e variáveis : Mapeie seus gastos mensais para entender quanto pode comprometer com o financiamento.

Reserva de emergência : Ter uma reserva é fundamental para eventuais contratempos (atrasos na obra, ajustes no imóvel, etc.).

Dica : Geralmente, os bancos exigem que a prestação não ultrapasse 30% da renda familiar.

Simule o financiamento

Muitos bancos e instituições financeiras oferecem simuladores online, onde é possível estimar valor de parcela, prazo e taxa de juros. Ao simular:

Informe o valor total do imóvel e o valor que você já pagou ou pretende pagar. Escolha um prazo de pagamento (quanto maior o prazo, menor a parcela, porém maiores os juros).

Compare diferentes instituições para encontrar a melhor taxa. Algumas fintechs podem oferecer condições diferenciadas, então faça sua pesquisa com calma.

Principais modalidades de financiamento imobiliário

Embora existam diversos programas e linhas de crédito, os mais comuns para imóveis na planta são:

Sistema Financeiro de Habitação (SFH): Geralmente usado para imóveis residenciais até certo valor-limite (consulte no banco, pois pode variar entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões em 2025). Permite o uso do FGTS.

Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI): Não tem limite de valor para o imóvel, mas pode ter critérios mais rigorosos de concessão.

É possível ainda que alguns bancos ofereçam linhas de crédito específicas para imóveis na planta, especialmente se houver convênio com a construtora.

Custos adicionais

Ao planejar seu financiamento, lembre-se dos custos extras:

ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), que varia conforme o município.

Despesas de Cartório (escritura e registro).

Taxas de avaliação, seguro de morte e invalidez permanente (MIP) e seguro de danos físicos ao imóvel (DFI).

Esses valores podem representar até 3% ou 4% do valor do imóvel, então é importante incluí-los em seu planejamento.

Solicitação e Análise de Crédito

Quando chega o momento de financiar, você deve apresentar ao banco:

**Documentos pessoais ** (RG, CPF, comprovante de estado civil, etc.)

Comprovantes de renda (holerites, extratos bancários, IRPF)

Documentos do imóvel (fornecidos pela construtora)

O banco fará a análise de crédito e, se você estiver apto, o financiamento será aprovado. Em seguida, o imóvel passa pela vistoria e avaliação para confirmação do valor.

Assinatura do contrato e registro em cartório

Após a aprovação:

Assine o contrato com o banco.
Registre o contrato em cartório, oficializando sua aquisição.

Note que, até a quitação, o imóvel permanece como garantia do financiamento (alienação fiduciária).

Pagamento das parcelas e amortização

Com o contrato em mãos, você passa a pagar as parcelas ao banco. Algumas dicas:

Use o FGTS para amortizar ou abater parte das parcelas, caso se enquadre nas regras. Faça pagamentos extras se possível, reduzindo o valor dos juros ao longo do tempo.

Financiar um imóvel na planta requer organização e planejamento. Cuidar da saúde financeira e pesquisar as melhores condições de financiamento são fundamentais para realizar esse tipo de investimento.

Sempre fique atento às mudanças de regras, valores de limite e taxas de juros, consultando sites oficiais dos bancos e do Banco Central.